Programa Braços Abertos promove desenvolvimento profissional de Pessoas com Deficiência (PCDs)

Vinte e oito anos depois da criação da Lei de Cotas (Lei 8.312/91) a inclusão de Pessoas com Deficiência (PCDs) no mercado de trabalho traz inúmeros desafios para as empresas com 100 ou mais funcionários, que são obrigadas a preencher uma cota de 2% a 5% de seus cargos com PCDs.
 
Entre os maiores entraves para cumprir a legislação está a dificuldade de encontrar pessoas com habilidades e competências necessárias para ocupar as vagas de emprego. A baixa escolaridade e as deficiências na formação são entraves para uma parcela significativa da população. E os percalços para estudar e investir em qualificação são ainda maiores para as pessoas com deficiência.
 
A Central Nacional Unimed tem um programa destinado à retenção e capacitação de PCDs, que faz parte da política da empresa. Trata-se do programa Braços Abertos, “que abrange não apenas a contratação desses profissionais, mas o seu acompanhamento, para melhor desenvolvimento profissional, e alinhamento às metas da empresa, com o objetivo de fazer a diferença no ambiente organizacional e social”, esclarece a gerente de Gestão de Pessoas da Central Nacional Unimed, Lucia Helena Strabelli.

A política prevê que todas as vagas abertas na Central Nacional Unimed também sejam destinadas para a contratação de PCDs.  “Nos processos seletivos,  ao selecionar uma pessoa com deficiência, a equipe de seleção tem como foco observar se a organização atende e/ou oferece acesso adequado, conforme a necessidade de cada um, indo além de escolher o setor que a pessoa irá trabalhar, mas também averiguando se há estrutura predial, adaptação para a acessibilidade do PCD”, explica Lucia Helena. A seleção prevê a análise de outros aspectos, tais como segurança e medicina do trabalho.
 
Mais qualificação
“Temos um desafio constante no processo de qualificação de PCDs e por isso estamos com novas frentes de trabalho, prestes a iniciar um novo processo de capacitação para esse público, no decorrer do próximo ano”, afirma a gerente de Gestão de Pessoas.
 
A Central Nacional Unimed tem profissionais com deficiência nas diversas áreas, ocupando os cargos de auxiliar, assistente, analista, auditor, técnico de enfermagem e supervisor. As deficiências são física, visual e auditiva, sendo 72% de deficientes físicos, 14% de deficientes visuais e 14% deficientes auditivos.
 
Estão assim distribuídos por áreas: 39% na central de atendimento e autorização, 32% nas áreas administrativas, 25% em contas médicas e 4% assistencial. Quanto à escolaridade 50% têm ensino médio completo, 14% Superior incompleto, 29% Superior completo e 7% Pós-graduação completa.

Crescimento
Dois colaboradores com deficiência tiveram oportunidade de crescimento, recentemente. Eles passaram por processo de recrutamento interno, com demais profissionais de outras áreas, e foram aprovados. 
 
Cássia Rosiane da Silva trabalhava como operadora de atendimento e agora ocupa o cargo de analista de atendimento, na área da Central de Atendimento. O colaborador João Paulo Lopes dos Santos ingressou na Central Nacional Unimed na área de Contas Médicas e hoje faz parte do departamento Comercial, está na equipe de Implantação. 
 
O programa Braços Abertos ajuda a desenvolver habilidades e competências da pessoa com deficiência. “Ela é preparada para desempenhar adequadamente as atividades e tem oportunidades de crescimento na empresa”, pontua Lucia Helena.
  
Eu Ajudo na Lata

Com o objetivo de beneficiar pessoas que necessitam de itens de mobilidade, o Sistema Unimed realiza a campanha Eu Ajudo na Lata, que este ano vai doar três cadeiras de rodas para uma organização social em Salvador/BA.
 
A campanha é realizada entre os colaboradores do Sistema Unimed, que são estimulados a juntar e a doar lacres de latinhas de alumínio para a Unimed. São necessários cerca de 100 quilos de lacres para atingir o valor que será destinado a compra de uma cadeira.
 
“A cada cadeira comprada com a venda dos lacres, a Central Nacional Unimed doa mais duas, totalizando pelo menos três cadeiras”, afirma Kátia Okumura, superintendente de Comunicação, Sustentabilidade e Eventos, da Central Nacional Unimed. “Todos os colaboradores podem recorrer a familiares e amigos para engajá-los na campanha. Alguns colocam a garrafinha de coleta em restaurantes e padarias, dessa forma ampliam o campo de arrecadação”, esclarece.
 
Em 2016, a instituição beneficiada em Salvador foi o Abrigo São Gabriel para Idosos de Deus. Ainda não foi definida a organização social baiana que receberá as cadeiras de rodas este ano. “Temos algumas instituições já cadastradas, mas normalmente pedimos aos colaboradores que indiquem uma nova instituição. Em geral, as cadeiras são entregues em abrigos de idosos ou em organizações de tratamento de câncer”, afirma Kátia.
 
A campanha Eu Ajudo na Lata teve início no Sistema Unimed em 2013, e até o momento foi responsável pela doação de 766 itens de acessibilidade (cadeiras de rodas). Os colaboradores se mobilizaram para coletar 62.529 quilos de lacres de alumínio, que, em vez de descartados no meio ambiente, foram a fonte geradora das doações que atenderam necessidades de pessoas portadoras de deficiência.
Núbia Cristina, 23.SETEMBRO.2019 | Postado em Notícias
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