Programa contribui para a saúde mental dos professores e profissionais da educação

Ações de promoção da saúde física e mental são implementadas para a melhoria da qualidade da educação da rede municipal de ensino de Coração de Maria, localizado a 111 quilômetros de Salvador. Por meio do programa Educaê, professores, coordenadores e funcionários das escolas municipais contam com apoio individualizado e aconselhamento psicológico.
 
O programa Educaê é executado pelo ISEN - Instituto de Saúde e Educação do Nordeste, em parceria com a prefeitura do município. O instituto foi habilitado em licitação da Prefeitura Municipal de Coração de Maria e está desenvolvendo as ações do Programa Educaê, que é uma iniciativa do Município.
 
Na terça-feira, 27.08, professores, coordenadores e funcionários das escolas municipais Neusa Maria e Vila Itacava participaram de atividades de acolhimento psicológico, promoção do bem-estar mental, apoio psicológico e emocional, conduzidas pela psicóloga Clafylla Luiza Cruz de Oliveira, no escritório do ISEN. Ao longo do mês de agosto, as escolas Anchieta e Padre Luiz de Brito também participaram das atividades.
 
PESQUISA REVELA CRISE
A demanda de professores e profissionais da educação por suporte à saúde mental é cada vez maior no Brasil. É o que mostra pesquisa realizada pela FTD Educação, com 978 respondentes entre professores e coordenadores de escolas privadas e públicas de todo o Brasil, realizada entre os dias 14 de agosto e 1º de setembro de 2023. O levantamento mostra, pelo segundo ano consecutivo, que a preocupação com a saúde mental e o socioemocional é muito presente.
 
Lidar com as emoções e combater o estresse são questões cruciais apontadas por quase 58% dos participantes da pesquisa. “Os programas que contribuem para melhorar a saúde emocional dos educadores e profissionais da educação são fundamentais, não apenas para o gerenciamento de conflitos em sala de aula e no ambiente escolar, mas também para garantir melhoria da qualidade do ensino”, afirma o presidente do Isen, Jubrã Ferreira.
 
LIVRO APONTA ADOECIMENTO
A saúde dos professores não vai bem no Brasil, aponta o livro ‘Seminários Trabalho e Saúde dos Professores. Precarização, Adoecimento e caminhos para a Mudança’, lançado em outubro do ano passado, pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro).
 
“Os estudos têm mostrado que as principais necessidades de afastamento para tratamento de saúde dos professores são os transtornos mentais. Quando olhávamos esses estudos há cinco anos, eles apontavam prevalência maior de adoecimento vocal. Mas isso está mudando. Hoje os transtornos mentais já têm assumido a primeira posição em causa de afastamento de professores das salas de aula”, disse Jefferson Peixoto da Silva, tecnologista da Fundacentro.
 
PARA ESTUDANTES
Para os estudantes da rede, o Núcleo de Necessidades Educacionais Especiais (NNEE) promove atendimento e acompanhamento com a fonoaudióloga Ana Gilza Soares Lima, para crianças com necessidades especiais.
 
O ‘Saúde em Foco’, criado para integração e melhoria da qualidade de vida dos educandos dos programas de educação de jovens, adultos e idosos (EJA/EJAI), promove atividades artísticas e lúdicas, com música, teatro e dança, além das ações de saúde.
 
Na Escola Núcleo Antonio Costa foram ofertados, na primeira semana de agosto, serviços de mapeamento da saúde dos alunos – peso, altura, IMC, pressão arterial, glicemia; atendimento médico educativo, para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes; atendimento de enfermagem educativo; orientação nutricional; sala zen, com acupuntura, massoterapia e alongamentos; além de atualização do cartão de vacinas, realização de testes rápidos e distribuição de material educativo.
Núbia Cristina, 28.AGOSTO.2024 | Postado em Notícias
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